terça-feira, 6 de maio de 2008

Como nossos pais?


Neste ano, a Constituição de 1988 completará duas décadas, tal magnífica carta magna do Brasil representa a grande conquista de uma geração inteira que lutou e deu o próprio sangue para tornar plausível e concreta a democracia no nosso exuberante país. Depois de tempos de luta por dias melhores, a geração dos nossos pais nos deixou o legado de sermos reconhecidos como a geração da democracia, mas esse status nos tornou acomodados para questões políticas e sociais que interpelem nos dias atuais.



A Geração das idéias e luta que marcou nossa história era movida por ideais. Ideais, esses, que não admitiram uma ditadura militar que coagia e censurava qualquer manifestação de queixa contra as injustiças que gerava fome, miséria e desigualdade na sociedade brasileira. Os estudantes organizaram-se e foram as ruas protestar, mesmo sabendo que poderiam perder a própria vida em prol da causa. Por outro lado, os artistas fizeram do protesto sua arte. E assim muitas outras classes também se colocaram contra um regime destrutivo e prejudicial. Assim, o caminho da democratização do Brasil foi marcado por sangue de jovens e muitos outros que mostram com a própria vida o que se faz para ver e ter uma sociedade construída por cidadãos, sendo a dignidade para todos.



A tão desejada democracia foi promulgada e hoje seus reflexos está presente na vida da sociedade. Já a nossa geração atual, que teve sua consciência democratizada, apresenta seqüelas. A sociedade democrática conquistada pelos nossos pais criou uma geração cômoda para assuntos políticos e sociais.


Os direitos adquiridos com tanta luta, muitas vezes, precisa ser exigidos, nem que para isso tomemos os exemplos dos nossos antecessores e voltemos as ruas para protestar. A própria busca por conscientização já é uma forma de protesto. Pelo simples fato de que muitos sistemas políticos de hoje visam justamente impedir que a consciência chegue ao jovem, pois isso seria dar armas e voz a lutar. É preciso amar o passado é ver que o novo sempre vem e admitir que a idéias de uma nova consciência e juventude nos faz como nossos pais.




Lucas Alves

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