A IDÉIA
"De onde ela vem?! De que matéria bruta vem essa luz que sobre as nebulosas cal de incógnitas criptas misteriosas como as estalactites duma gruta?
Vem da psicogenética e alta luta Do feixe de moléculas nervosas, Que, em desintegrações maravilhosas, Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe, Chega em seguida às cordas da laringe, Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra, Mas, de repente, e quase morta, esbarraNo molambo da língua paralítica!"
Lucas Alves,
Sito: Augusto do Anjos
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