segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Vitória da pátria científica


Eram quatro horas da tarde de um domingo, quando de repente ouviram-se gritos eufóricos por toda a vizinhança. As pessoas estavam assistindo a um jogo de futebol pela televisão. A cada movimento dos jogadores, o povo gritava como uma forma de êxtase.


Muitos brasileiros batem no peito pelo orgulho de ser do ''país do futebol''. Um país em que todo fim de semana, milhares de pessoas marcham rumo à grande arena do espetáculo: o estádio de futebol. Muitos jovens têm isso como o auge de sua opinião. O time que escolheu é defendido com unhas e dentes, com armas de fogo. Eles vêem seu time como propagador da felicidade quando ouvem a palavra '' é campeão ''.

No Brasil há rei, craques e até o dito ''fenômeno'' do futebol, sendo o sonho da maioria dos meninos o de alcançar essa patente. Nessa condição, o Brasil poderia deixar de ser o ''país do futebol'' para ser o país da ciência? As bolas seriam trocadas por livros e as quadras de esporte seriam transformadas em bibliotecas e escolas. Os jovens marchariam rumo à Brasília para exigir moralidade dos seus representantes. O sonho dos meninos seria o de tornarem-se um novo Albert Einsthen. No país da ciência, as grandes emissoras de televisão teriam uma programação digna para atender os jovens futuros cientistas.

Podemos dizer, por essa vertente, que o Brasil está no primeiro estágio para alcançar o conhecimento. Enquanto não avançarmos para o estágio do intelecto, não receberemos o título de "país da ciência". Enquanto isso não se concretiza, nossas tardes de domingo continuarão sendo as mesmas; o grito eufórico dos milhares de torcedores continuarão transpassando o silêncio daqueles que tentam estudar e almejam um dia a vitória da pátria cientista.

Lucas Alves , 18/01/2008.

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